Fisica_Teorica

Quebra Dinâmica de Supersimetria: Mecanismos e Implicações Fenomenológicas

Autor: Saulo Dutra
Artigo: #208
# Supersimetria e Mecanismos de Quebra Dinâmica: Uma Análise Abrangente dos Paradigmas Contemporâneos em Teoria Quântica de Campos ## Resumo A supersimetria (SUSY) representa uma das extensões mais promissoras do Modelo Padrão da física de partículas, propondo uma simetria fundamental entre bósons e férmions. Este artigo apresenta uma análise rigorosa dos mecanismos de quebra dinâmica da supersimetria, explorando desde os fundamentos teóricos até as implicações fenomenológicas mais recentes. Investigamos os principais modelos de quebra de SUSY, incluindo quebra mediada por gauge (GMSB), quebra mediada por gravidade (mSUGRA), e quebra mediada por anomalias (AMSB). Através de uma abordagem matemática detalhada, examinamos o papel dos superpotenciais, termos soft de quebra, e a estrutura do vácuo supersimétrico. Discutimos ainda as conexões com a cosmologia inflacionária, a correspondência AdS/CFT, e as implicações para a física de matéria condensada através de sistemas supersimétricos emergentes. Nossos resultados indicam que, apesar da ausência de evidências experimentais diretas no LHC até energias de 13 TeV, os mecanismos de quebra dinâmica continuam oferecendo soluções elegantes para problemas fundamentais como a hierarquia de gauge e a matéria escura. **Palavras-chave:** Supersimetria, Quebra Dinâmica, Teoria Quântica de Campos, Modelo Padrão Supersimétrico Mínimo, Renormalização ## 1. Introdução A supersimetria emergiu nas décadas de 1970-1980 como uma solução natural para diversos problemas fundamentais da física teórica, particularmente o problema da hierarquia de gauge e a unificação das constantes de acoplamento [1]. A transformação supersimétrica fundamental relaciona estados bosônicos e fermiônicos através de geradores espinoriais $Q_\alpha$ e $\bar{Q}_{\dot{\alpha}}$, satisfazendo a álgebra: $$\{Q_\alpha, \bar{Q}_{\dot{\beta}}\} = 2\sigma^\mu_{\alpha\dot{\beta}}P_\mu$$ $$\{Q_\alpha, Q_\beta\} = \{\bar{Q}_{\dot{\alpha}}, \bar{Q}_{\dot{\beta}}\} = 0$$ $$[Q_\alpha, P_\mu] = [\bar{Q}_{\dot{\alpha}}, P_\mu] = 0$$ onde $\sigma^\mu$ são as matrizes de Pauli e $P_\mu$ é o operador momento-energia. Esta estrutura algébrica, descoberta independentemente por Golfand-Likhtman, Volkov-Akulov, e Wess-Zumino, representa a única extensão não-trivial possível da álgebra de Poincaré compatível com teorias quânticas de campos relativísticas [2]. O desenvolvimento subsequente da supersimetria local, ou supergravidade, por Freedman, van Nieuwenhuizen e Ferrara em 1976, estabeleceu as bases para a incorporação da gravitação no framework supersimétrico [3]. Contudo, a ausência de parceiros supersimétricos observados experimentalmente implica que, se a SUSY existe na natureza, ela deve estar quebrada em escalas de energia acessíveis. A quebra da supersimetria pode ocorrer através de dois mecanismos principais: quebra explícita, onde termos que violam SUSY são adicionados diretamente à Lagrangiana, ou quebra espontânea/dinâmica, onde a simetria é preservada na Lagrangiana mas quebrada pelo estado de vácuo. Este artigo foca nos mecanismos de quebra dinâmica, que preservam muitas das características desejáveis da SUSY enquanto geram espectros de massa fenomenologicamente viáveis. ## 2. Revisão da Literatura ### 2.1 Fundamentos Teóricos da Supersimetria A construção de teorias supersimétricas em quatro dimensões baseia-se no formalismo de supercampos, introduzido por Salam e Strathdee [4]. Um supercampo quiral $\Phi(x, \theta, \bar{\theta})$ pode ser expandido como: $$\Phi(x, \theta, \bar{\theta}) = \phi(x) + \sqrt{2}\theta\psi(x) + \theta\theta F(x) + i\theta\sigma^\mu\bar{\theta}\partial_\mu\phi(x) + \frac{1}{2}\theta\theta\bar{\theta}\bar{\sigma}^\mu\partial_\mu\psi(x) + \frac{1}{4}\theta\theta\bar{\theta}\bar{\theta}\Box\phi(x)$$ onde $\phi$ é um campo escalar complexo, $\psi$ é um espinor de Weyl, e $F$ é um campo auxiliar. A ação supersimétrica mais geral renormalizável é dada por: $$S = \int d^4x d^2\theta d^2\bar{\theta} \Phi^\dagger e^{2gV}\Phi + \left[\int d^4x d^2\theta W(\Phi) + h.c.\right] + \int d^4x d^2\theta \frac{1}{4g^2}W^\alpha W_\alpha$$ onde $W(\Phi)$ é o superpotencial e $W_\alpha$ é o supercampo de força gauge. ### 2.2 O Modelo Padrão Supersimétrico Mínimo (MSSM) O MSSM representa a extensão supersimétrica minimal do Modelo Padrão, duplicando o conteúdo de partículas e introduzindo dois dubletos de Higgs [5]. O superpotencial do MSSM é: $$W_{MSSM} = \mu H_u H_d + y_u Q H_u \bar{U} + y_d Q H_d \bar{D} + y_e L H_d \bar{E}$$ onde $Q$, $L$ representam os supercampos de quarks e léptons esquerdos, $\bar{U}$, $\bar{D}$, $\bar{E}$ os supercampos direitos, e $H_u$, $H_d$ os dubletos de Higgs. A quebra soft da supersimetria introduz termos de massa para os parceiros supersimétricos sem reintroduzir divergências quadráticas: $$\mathcal{L}_{soft} = -\frac{1}{2}(M_1\tilde{B}\tilde{B} + M_2\tilde{W}\tilde{W} + M_3\tilde{g}\tilde{g}) - m^2_{ij}\phi_i^*\phi_j - (A_{ijk}y_{ijk}\phi_i\phi_j\phi_k + B\mu H_u H_d + h.c.)$$ ### 2.3 Mecanismos de Quebra Dinâmica A quebra dinâmica da supersimetria foi primeiramente proposta por Fayet e Iliopoulos para teorias abelianas [6], e posteriormente generalizada por O'Raifeartaigh para teorias não-abelianas [7]. O mecanismo de O'Raifeartaigh baseia-se em superpotenciais onde as condições de mínimo: $$\frac{\partial W}{\partial \phi_i} = 0$$ não podem ser simultaneamente satisfeitas, resultando em $\langle F_i \rangle \neq 0$ para algum campo auxiliar. ## 3. Metodologia ### 3.1 Framework Teórico Nossa análise emprega o formalismo de supergravidade $\mathcal{N}=1$ em quatro dimensões, utilizando a parametrização de Kähler para o espaço de módulos. O potencial escalar efetivo é dado por: $$V = e^{K/M_P^2}\left[K^{i\bar{j}}D_iW\overline{D_jW} - \frac{3}{M_P^2}|W|^2\right] + \frac{1}{2}D^aD^a$$ onde $K$ é o potencial de Kähler, $D_i = \partial_i + \frac{1}{M_P^2}\partial_i K$ é a derivada covariante de Kähler, e $D^a$ são os termos-D das simetrias de gauge. ### 3.2 Técnicas Computacionais Utilizamos o método de grupo de renormalização (RG) para evolução dos parâmetros soft desde a escala de quebra até a escala eletrofraca. As equações RG de um loop são: $$\frac{d}{dt}M_a = \frac{b_a g_a^2}{8\pi^2}M_a$$ $$\frac{d}{dt}m^2_i = \frac{1}{16\pi^2}\left[\sum_a c_{ia}g_a^2|M_a|^2 + \sum_j Y_{ij}m^2_j\right]$$ onde $t = \ln(\mu/\mu_0)$, $b_a$ são os coeficientes beta das teorias de gauge, e $c_{ia}$ são os Casimirs quadráticos. ## 4. Análise e Discussão ### 4.1 Quebra Mediada por Gauge (GMSB) No cenário GMSB, a quebra de SUSY ocorre em um setor oculto e é comunicada ao setor visível através de interações de gauge do Modelo Padrão [8]. O setor mensageiro consiste em campos $\Psi$ e $\bar{\Psi}$ com números quânticos do Modelo Padrão, acoplados a um campo singlete $X$ que adquire valores esperados de vácuo (VEVs) tanto em suas componentes escalares quanto auxiliares: $$\langle X \rangle = M + \theta^2 F$$ As massas dos gauginos são geradas em um loop: $$M_a = \frac{\alpha_a}{4\pi}\Lambda$$ onde $\Lambda = F/M$ é a escala de quebra de SUSY. As massas escalares surgem em dois loops: $$m^2_i = 2\Lambda^2\sum_a C_a^{(i)}\left(\frac{\alpha_a}{4\pi}\right)^2f(x)$$ onde $f(x) = \frac{1+x}{x^2}\ln(1+x) + (x \to -x)$ e $x = M/F$. ### 4.2 Quebra Mediada por Gravidade (mSUGRA) No paradigma mSUGRA ou CMSSM (Constrained MSSM), a quebra de SUSY é mediada por interações gravitacionais [9]. Os parâmetros soft universais na escala de Planck são: - Massa escalar universal: $m_0$ - Massa de gaugino universal: $m_{1/2}$ - Acoplamento trilinear universal: $A_0$ - Razão dos VEVs de Higgs: $\tan\beta = \langle H_u \rangle/\langle H_d \rangle$ - Sinal de $\mu$ A evolução RG destes parâmetros até a escala eletrofraca gera o espectro de massas observável. A condição de quebra eletrofraca radiativa determina $|\mu|$ e $B\mu$: $$|\mu|^2 = \frac{m_{H_d}^2 - m_{H_u}^2\tan^2\beta}{\tan^2\beta - 1} - \frac{M_Z^2}{2}$$ $$\sin 2\beta = \frac{2B\mu}{m_{H_u}^2 + m_{H_d}^2 + 2|\mu|^2}$$ ### 4.3 Quebra Mediada por Anomalias (AMSB) O mecanismo AMSB explora a anomalia conforme da teoria quântica de campos [10]. Quando a SUSY é quebrada por VEVs do campo auxiliar do compensador conforme: $$\langle \phi \rangle = 1 + m_{3/2}\theta^2$$ as massas dos gauginos são proporcionais aos coeficientes beta: $$M_a = -\frac{b_a g_a^2}{16\pi^2}m_{3/2}$$ Este mecanismo naturalmente suprime contribuições de sabor (FCNC), mas tipicamente gera sléptons taquiônicos, requerendo contribuições adicionais. ### 4.4 Conexões com AdS/CFT e Holografia A correspondência AdS/CFT oferece insights profundos sobre a quebra de supersimetria em teorias fortemente acopladas [11]. Na dualidade de Maldacena, teorias de gauge supersimétricas $\mathcal{N}=4$ em 4D correspondem a teoria de cordas tipo IIB em $AdS_5 \times S^5$. A quebra de SUSY pode ser estudada através de deformações da geometria AdS: $$ds^2 = \frac{L^2}{z^2}\left(\eta_{\mu\nu}dx^\mu dx^\nu + dz^2\right) + L^2 d\Omega_5^2$$ onde modificações no fator de warp codificam a quebra de SUSY. ### 4.5 Implicações Cosmológicas A quebra de supersimetria tem profundas implicações para a cosmologia inflacionária [12]. No contexto de modelos de inflação supersimétrica, o inflaton pode ser identificado com um campo de módulos, e o potencial inflacionário surge naturalmente: $$V(\phi) = V_0\left[1 - \exp\left(-\sqrt{\frac{2}{3}}\frac{\phi}{M_P}\right)\right]^2$$ A escala de quebra de SUSY determina a escala de energia da inflação e, consequentemente, a amplitude das perturbações primordiais: $$\mathcal{P}_\mathcal{R} = \frac{1}{24\pi^2}\frac{V}{\epsilon M_P^4}$$ ### 4.6 Aplicações em Matéria Condensada Surpreendentemente, estruturas supersimétricas emergem em sistemas de matéria condensada, particularmente em cadeias de spin quânticas e junções de Josephson [13]. O Hamiltoniano de Nicolai para uma cadeia de spin pode ser escrito como: $$H = \{Q, Q^\dagger\}$$ onde $Q$ é um operador nilpotente satisfazendo $Q^2 = 0$. Esta estrutura garante que o estado fundamental tem energia zero, uma assinatura de SUSY não-quebrada. ## 5. Resultados Experimentais e Fenomenologia ### 5.1 Buscas no LHC As colaborações ATLAS e CMS conduziram extensivas buscas por parceiros supersimétricos até energias de centro de massa de 13 TeV [14]. Os limites atuais excluem: - Gluinos: $m_{\tilde{g}} > 2.2$ TeV (cenário simplificado) - Squarks de primeira geração: $m_{\tilde{q}} > 1.8$ TeV - Stops: $m_{\tilde{t}} > 1.2$ TeV (dependente do modelo) ### 5.2 Matéria Escura Supersimétrica O neutralino mais leve (LSP) permanece um candidato viável para matéria escura [15]. A densidade relíquia é calculada através da equação de Boltzmann: $$\frac{dn}{dt} + 3Hn = -\langle\sigma v\rangle(n^2 - n_{eq}^2)$$ Para satisfazer $\Omega_{DM}h^2 = 0.120 \pm 0.001$ (Planck 2018), requer-se tipicamente: $$\langle\sigma v\rangle \approx 3 \times 10^{-26} \text{ cm}^3/\text{s}$$ ### 5.3 Anomalia do Momento Magnético do Múon A discrepância de $4.2\sigma$ entre teoria e experimento em $(g-2)_\mu$ pode ser explicada por contribuições supersimétricas [16]: $$\Delta a_\mu^{SUSY} = \frac{m_\mu^2}{16\pi^2}\sum_i \frac{m_\mu^2}{m_{SUSY}^2}f_i(\mu, M_1, M_2, \tan\beta)$$ Cenários com $\tan\beta$ grande e massas de sléptons $\sim 100-500$ GeV podem acomodar a anomalia observada. ## 6. Desenvolvimentos Teóricos Recentes ### 6.1 Modelos de Mini-Split SUSY Os modelos Mini-Split propõem escalares pesados ($m_{\tilde{f}} \sim 10^3-10^6$ TeV) mantendo gauginos leves ($m_{\lambda} \sim 1$ TeV) [17]. Isto preserva a unificação de gauge e candidato de matéria escura enquanto acomoda a massa do Higgs de 125 GeV: $$m_h^2 = m_Z^2\cos^2 2\beta + \frac{3m_t^4}{4\pi^2v^2}\ln\left(\frac{m_{\tilde{t}}^2}{m_t^2}\right)$$ ### 6.2 Supersimetria Não-Linear Realizações não-lineares de SUSY, onde o goldstino é o único grau de liberdade leve, oferecem descrições efetivas de baixa energia [18]. A Lagrangiana de Volkov-Akulov: $$\mathcal{L} = f^2\sqrt{\det\left(\eta_{\mu\nu} + \frac{1}{f^2}\partial_\mu\lambda\sigma^\nu\bar{\partial}_\rho\bar{\lambda}\right)}$$ descreve a dinâmica do goldstino com escala de quebra $f$. ### 6.3 Conexões com Teoria de Cordas A compactificação de teoria de cordas tipo IIB em variedades de Calabi-Yau com fluxos fornece realizações explícitas de quebra de SUSY [19]. O superpotencial de Gukov-Vafa-Witten: $$W = \int_{CY_3}G_3 \wedge \Omega$$ onde $G_3 = F_3 - \tau H_3$ é o fluxo complexificado, gera potenciais de estabilização de módulos. ## 7. Implicações para Física Fundamental ### 7.1 Problema da Constante Cosmológica A quebra de SUSY inevitavelmente contribui para a energia do vácuo [20]: $$\Lambda_{vac} = \langle V \rangle = m_{3/2}^2 M_P^2$$ Para $m_{3/2} \sim$ TeV, isto excede o valor observado por $\sim 60$ ordens de magnitude, constituindo o problema da constante cosmológica em SUSY. ### 7.2 Unificação de Acoplamentos A evolução RG dos acoplamentos de gauge no MSSM leva à unificação em $M_{GUT} \sim 2 \times 10^{16}$ GeV: $$\alpha_1^{-1}(M_{GUT}) = \alpha_2^{-1}(M_{GUT}) = \alpha_3^{-1}(M_{GUT}) \approx 25$$ Esta unificação precisa sugere fortemente uma estrutura supersimétrica subjacente. ### 7.3 Estabilidade do Vácuo Eletrofraco A supersimetria estabiliza o potencial de Higgs contra correções radiativas. Em teorias não-supersimétricas: $$\delta m_H^2 = \frac{3\Lambda^2}{8\pi^2v^2}(2m_W^2 + m_Z^2 + m_H^2 - 4m_t^2)$$ enquanto em SUSY, cancelamentos entre bósons e férmions eliminam divergências quadráticas. ## 8. Direções Futuras e Perspectivas ### 8.1 Experimentos Futuros O High-Luminosity LHC (HL-LHC) estenderá o alcance de massas para: - Gluinos: até 3 TeV - Squarks: até 2.5 TeV - Eletronegativos: até 1 TeV Futuros colisores lineares (ILC, CLIC) oferecerão medidas de precisão de parceiros supersimétricos leves. ### 8.2 Desenvolvimentos Teóricos Áreas promissoras incluem: 1. Modelos de SUSY com violação de paridade-R 2. Supersimetria Dirac vs. Majorana 3. Conexões com gravidade quântica e segurança assintótica 4. Aplicações em computação quântica topológica ## 9. Conclusão A supersimetria e seus mecanismos de quebra dinâmica permanecem centrais para nossa compreensão da física além do Modelo Padrão. Embora a ausência de evidências diretas no LHC tenha constrangido o espaço de parâmetros, a elegância matemática e o poder explicativo da SUSY continuam motivando intensas investigações teóricas e experimentais. Os mecanismos de quebra dinâmica - GMSB, mSUGRA, AMSB e suas variantes - oferecem frameworks distintos com predições fenomenológicas testáveis. A interplay entre teoria de cordas, cosmologia e física de partículas através da supersimetria sugere uma estrutura unificada subjacente à realidade física. Desenvolvimentos recentes em modelos Mini-Split, realizações não-lineares, e conexões com sistemas de matéria condensada expandiram significativamente o escopo e aplicabilidade dos conceitos supersimétricos. A próxima década será crucial para determinar se a natureza é fundamentalmente supersimétrica em alguma escala de energia. A busca por supersimetria transcende a mera procura por novas partículas; representa uma investigação profunda sobre a estrutura matemática do universo e os princípios de simetria que governam as leis fundamentais da física. Independentemente de sua realização na natureza, o framework teórico da supersimetria já revolucionou nossa compreensão da teoria quântica de campos e continuará influenciando o desenvolvimento da física teórica nas próximas décadas. ## Referências [1] Wess, J. & Zumino, B. (1974). "Supergauge transformations in four dimensions". Nuclear Physics B, 70(1), 39-50. DOI: https://doi.org/10.1016/0550-3213(74)90355-1 [2] Haag, R., Łopuszański, J. T., & Sohnius, M. (1975). "All possible generators of supersymmetries of the S-matrix". Nuclear Physics B, 88(2), 257-274. DOI: https://doi.org/10.1016/0550-3213(75)90279-5 [3] Freedman, D. Z., van Nieuwenhuizen, P., & Ferrara, S. (1976). "Progress toward a theory of supergravity". Physical Review D, 13(12), 3214. DOI: https://doi.org/10.1103/PhysRevD.13.3214 [4] Salam, A., & Strathdee, J. (1974). "Supergauge transformations". Nuclear Physics B, 76(3), 477-482. DOI: https://doi.org/10.1016/0550-3213(74)90537-9 [5] Nilles, H. P. (1984). 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