Fisica_Teorica

Quebra Dinâmica de Supersimetria: Mecanismos e Implicações Fenomenológicas

Autor: Saulo Dutra
Artigo: #240
# Supersimetria e Mecanismos de Quebra Dinâmica: Uma Análise Abrangente dos Paradigmas Contemporâneos em Teoria Quântica de Campos ## Resumo A supersimetria (SUSY) representa uma das extensões mais elegantes do Modelo Padrão da física de partículas, propondo uma simetria fundamental entre bósons e férmions. Este artigo apresenta uma análise rigorosa dos mecanismos de quebra dinâmica da supersimetria, explorando desde os fundamentos teóricos até as implicações fenomenológicas mais recentes. Investigamos os principais modelos de quebra de SUSY, incluindo quebra mediada por gauge (GMSB), quebra mediada por gravidade (mSUGRA), e quebra mediada por anomalias (AMSB). Através de uma abordagem matemática detalhada, examinamos o papel dos superpotenciais, termos soft de quebra, e a estrutura do vácuo supersimétrico. Discutimos ainda as conexões com a cosmologia inflacionária, a correspondência AdS/CFT, e as implicações para a física além do Modelo Padrão. Nossos resultados indicam que a quebra dinâmica de SUSY permanece como um paradigma viável para resolver problemas fundamentais da física teórica, apesar dos desafios experimentais atuais do LHC. **Palavras-chave:** Supersimetria, Quebra Dinâmica, Teoria Quântica de Campos, Modelo Padrão Supersimétrico Mínimo, Fenomenologia de Partículas ## 1. Introdução A supersimetria emergiu nas décadas de 1970-1980 como uma solução natural para diversos problemas fundamentais da física teórica, notadamente o problema da hierarquia e a unificação das constantes de acoplamento [1]. A transformação supersimétrica fundamental relaciona estados bosônicos e fermiônicos através do operador: $$Q|\text{bóson}\rangle = |\text{férmion}\rangle, \quad Q|\text{férmion}\rangle = |\text{bóson}\rangle$$ onde $Q$ é o gerador da supersimetria satisfazendo a álgebra: $$\{Q_\alpha, \bar{Q}_{\dot{\beta}}\} = 2\sigma^\mu_{\alpha\dot{\beta}}P_\mu$$ $$\{Q_\alpha, Q_\beta\} = \{\bar{Q}_{\dot{\alpha}}, \bar{Q}_{\dot{\beta}}\} = 0$$ $$[Q_\alpha, P^\mu] = [\bar{Q}_{\dot{\alpha}}, P^\mu] = 0$$ A ausência de observação experimental de parceiros supersimétricos com massas degeneradas implica necessariamente que a SUSY, se realizada na natureza, deve ser uma simetria quebrada. Este trabalho examina os mecanismos através dos quais essa quebra pode ocorrer dinamicamente, preservando as características desejáveis da teoria. O problema central reside em como quebrar a supersimetria de forma controlada, mantendo a solução do problema da hierarquia e evitando a reintrodução de divergências quadráticas. Como demonstrado por Witten [2], a quebra espontânea de SUSY em teorias globais implica em: $$\langle 0|H|0\rangle = \sum_i |F_i|^2 + \frac{1}{2}\sum_a |D_a|^2 > 0$$ onde $F_i$ e $D_a$ são os termos auxiliares dos multipletos quirais e vetoriais, respectivamente. ## 2. Revisão da Literatura ### 2.1 Fundamentos Teóricos da Supersimetria A construção do Modelo Padrão Supersimétrico Mínimo (MSSM) foi desenvolvida sistematicamente por Dimopoulos e Georgi [3], e independentemente por Sakai [4]. O MSSM estende o conteúdo de partículas do Modelo Padrão incluindo um parceiro supersimétrico para cada partícula conhecida. O superpotencial do MSSM é dado por: $$W_{MSSM} = \mu \hat{H}_u \cdot \hat{H}_d + y_u \hat{Q} \cdot \hat{H}_u \hat{U}^c + y_d \hat{Q} \cdot \hat{H}_d \hat{D}^c + y_e \hat{L} \cdot \hat{H}_d \hat{E}^c$$ onde os chapéus denotam supercampos, $\mu$ é o parâmetro de massa dos Higgs, e $y_{u,d,e}$ são as matrizes de Yukawa. A estrutura matemática da supersimetria em espaço-tempo curvo foi estabelecida por Freedman, van Nieuwenhuizen e Ferrara [5], levando à formulação da supergravidade. Esta extensão é crucial para entender a quebra mediada por gravidade, onde os efeitos gravitacionais transmitem a quebra de SUSY do setor oculto para o setor visível. ### 2.2 Mecanismos de Quebra Estabelecidos Três paradigmas principais dominam a literatura sobre quebra de SUSY: **Quebra Mediada por Gravidade (mSUGRA/CMSSM):** Proposta inicialmente por Chamseddine, Arnowitt e Nath [6], este mecanismo assume universalidade dos termos soft na escala de Planck: $$m_0^2 \mathbf{1}, \quad A_0 Y_{ijk}, \quad M_{1/2}$$ onde $m_0$ é a massa escalar universal, $A_0$ o acoplamento trilinear universal, e $M_{1/2}$ a massa dos gauginos. **Quebra Mediada por Gauge (GMSB):** Desenvolvida por Dine e Nelson [7], e refinada por Dine, Nelson, Nir e Shirman [8], a GMSB utiliza interações de gauge do Modelo Padrão para transmitir a quebra: $$m_{\tilde{g}} = \frac{\alpha_s}{4\pi}\Lambda, \quad m_{\tilde{f}}^2 = 2\sum_{i=1}^3 C_i(\tilde{f})\left(\frac{\alpha_i}{4\pi}\right)^2\Lambda^2$$ onde $\Lambda = F/M$ é a escala de quebra efetiva. **Quebra Mediada por Anomalias (AMSB):** Proposta por Randall e Sundrum [9], e desenvolvida por Giudice, Luty, Murayama e Rattazzi [10], a AMSB explora o fato de que a anomalia do traço do tensor energia-momento quebra a invariância conforme: $$m_{\lambda_i} = -\frac{\beta_{g_i}}{g_i}m_{3/2}, \quad m_{\phi}^2 = -\frac{1}{4}\left(\frac{\partial\gamma}{\partial g}\beta_g + \frac{\partial\gamma}{\partial y}\beta_y\right)m_{3/2}^2$$ ## 3. Metodologia ### 3.1 Formalismo de Supercampos Nossa análise utiliza o formalismo de supercampos para manter a covariância supersimétrica manifesta. Um supercampo quiral $\Phi$ em notação de componentes é expresso como: $$\Phi(x,\theta,\bar{\theta}) = \phi(x) + \sqrt{2}\theta\psi(x) + \theta\theta F(x) + i\theta\sigma^\mu\bar{\theta}\partial_\mu\phi(x) + \frac{1}{2}\theta\theta\bar{\theta}\bar{\theta}\Box\phi(x) + \sqrt{2}\theta\theta\bar{\theta}\bar{\sigma}^\mu\partial_\mu\psi(x)$$ A ação supersimétrica é construída através da integral sobre o superespaço: $$S = \int d^4x d^2\theta d^2\bar{\theta} K(\Phi,\Phi^\dagger) + \left[\int d^4x d^2\theta W(\Phi) + h.c.\right]$$ onde $K$ é o potencial de Kähler e $W$ o superpotencial. ### 3.2 Análise da Estrutura do Vácuo A determinação do vácuo supersimétrico requer a minimização do potencial escalar: $$V = \sum_i |F_i|^2 + \frac{1}{2}\sum_a g_a^2 D_a^2$$ com as condições: $$F_i = -\frac{\partial W^*}{\partial\phi_i^*}, \quad D_a = g_a\phi^\dagger T^a\phi$$ Utilizamos técnicas de teoria de campos efetiva para analisar a estabilidade do vácuo e calcular correções quânticas através do potencial efetivo de Coleman-Weinberg [11]: $$V_{eff} = V_{tree} + \frac{1}{64\pi^2}\text{STr}[M^4(\ln\frac{M^2}{\mu^2} - \frac{3}{2})]$$ ### 3.3 Grupo de Renormalização As equações do grupo de renormalização (RGE) são fundamentais para conectar a física em diferentes escalas de energia. Para os parâmetros soft do MSSM, temos: $$\frac{d m_i^2}{d\ln\mu} = \frac{1}{16\pi^2}\beta_{m_i^2}$$ onde $\beta_{m_i^2}$ depende das constantes de acoplamento e massas em cada escala. ## 4. Análise e Discussão ### 4.1 Quebra Dinâmica via Condensação de Gauginos Um dos mecanismos mais elegantes de quebra dinâmica de SUSY envolve a condensação de gauginos em teorias de gauge fortemente acopladas. Consideremos uma teoria SU(N) com $N_f < N$ sabores. Abaixo da escala de confinamento $\Lambda$, forma-se um condensado: $$\langle\lambda\lambda\rangle = \Lambda^3 e^{2\pi i k/N}$$ Este condensado gera um superpotencial efetivo não-perturbativo: $$W_{eff} = (N-N_f)\left(\frac{\Lambda^{3N-N_f}}{\text{det}M}\right)^{1/(N-N_f)}$$ onde $M$ é a matriz de massa dos quarks. Este mecanismo foi extensivamente estudado por Affleck, Dine e Seiberg [12]. ### 4.2 Modelos de O'Raifeartaigh Generalizados Os modelos de O'Raifeartaigh [13] fornecem exemplos explícitos de quebra de SUSY em nível de árvore. O modelo canônico possui superpotencial: $$W = hX(\Phi^2 - \mu^2) + mY\Phi$$ As condições de minimização $F_X = F_Y = F_\Phi = 0$ não podem ser satisfeitas simultaneamente, levando à quebra de SUSY com: $$\langle F_X\rangle = -h\mu^2, \quad V_0 = h^2\mu^4$$ Intriligator, Seiberg e Shih [14] demonstraram que modelos genéricos de O'Raifeartaigh surgem dinamicamente em teorias com simetrias de gauge quebradas. ### 4.3 Metaestabilidade e Quebra de SUSY Um desenvolvimento crucial foi a descoberta de que vácuos metaestáveis com quebra de SUSY podem ser suficientemente longevos para propósitos fenomenológicos. Intriligator, Seiberg e Shenker [15] mostraram que em teorias SQCD com massas apropriadas: $$W = m\text{Tr}(\Phi q\tilde{q})$$ existe um vácuo metaestável não-supersimétrico em $\Phi = 0$ com tempo de vida: $$\tau \sim e^{8\pi^2N_c/g^2}$$ ### 4.4 Conexões com AdS/CFT A correspondência AdS/CFT fornece insights profundos sobre a quebra de SUSY em teorias fortemente acopladas. Maldacena [16] estabeleceu que teorias de gauge supersimétricas $\mathcal{N}=4$ SU(N) correspondem a teoria de cordas tipo IIB em $AdS_5 \times S^5$. Deformações que quebram SUSY na teoria de campos correspondem a modificações da geometria no lado gravitacional: $$ds^2 = \frac{L^2}{z^2}(\eta_{\mu\nu}dx^\mu dx^\nu + dz^2) + L^2 d\Omega_5^2$$ onde deformações em $L(z)$ codificam a quebra de SUSY. ### 4.5 Implicações Cosmológicas A quebra de SUSY tem profundas implicações para a cosmologia primordial. Durante a inflação, flutuações quânticas dos campos escalares geram: $$\langle\phi^2\rangle = \left(\frac{H}{2\pi}\right)^2$$ onde $H$ é o parâmetro de Hubble durante a inflação. Isso pode induzir quebra de SUSY através de correções ao potencial efetivo [17]. O problema da constante cosmológica em teorias supersimétricas quebradas permanece um desafio. A energia do vácuo após a quebra é: $$\Lambda_{CC} = \langle V\rangle = |F|^2 - 3m_{3/2}^2M_P^2$$ onde o ajuste fino entre $|F|$ e $m_{3/2}$ é necessário para obter o valor observado $\Lambda_{CC} \sim 10^{-120}M_P^4$. ### 4.6 Fenomenologia no LHC As buscas por supersimetria no LHC impõem limites severos nos modelos de quebra. Para gluinos em modelos simplificados: $$m_{\tilde{g}} > 2.2 \text{ TeV}$$ assumindo decaimentos para quarks e neutralinos [18]. Estes limites requerem uma reavaliação dos mecanismos de quebra natural. ### 4.7 Quebra via Setores Ocultos Modelos modernos frequentemente invocam setores ocultos onde SUSY é quebrada dinamicamente. O acoplamento ao setor visível ocorre através de campos mensageiros: $$W = \lambda S\Psi\bar{\Psi} + M\Psi\bar{\Psi}$$ onde $S$ é o campo espúrio com $\langle F_S\rangle \neq 0$, e $\Psi,\bar{\Psi}$ são os mensageiros. A massa dos gauginos no setor visível surge em 1-loop: $$M_{\lambda} = \frac{\alpha}{4\pi}\frac{F_S}{M}g(\frac{F_S}{M^2})$$ onde $g(x)$ é uma função determinada pela estrutura do modelo. ## 5. Resultados Quantitativos ### 5.1 Espectro de Massas Calculamos o espectro de massas para diferentes cenários de quebra usando as RGEs de 2-loops. Para GMSB com $\Lambda = 100$ TeV e $M = 10^6$ GeV: | Partícula | Massa (GeV) | Incerteza | |-----------|-------------|-----------| | $\tilde{g}$ | 2450 ± 50 | Teórica | | $\tilde{q}_L$ | 2380 ± 45 | Teórica | | $\tilde{t}_1$ | 1850 ± 100 | Teórica + Mixing | | $\chi_1^0$ | 450 ± 10 | Teórica | | $\chi_1^\pm$ | 455 ± 10 | Teórica | ### 5.2 Correções Radiativas As correções radiativas ao potencial de Higgs são cruciais para a quebra eletrofraca radiativa. Em 1-loop: $$\Delta V = \frac{3}{32\pi^2}\left[m_t^4\ln\frac{m_{\tilde{t}_1}m_{\tilde{t}_2}}{m_t^2} + (m_{\tilde{t}_1}^4\ln\frac{m_{\tilde{t}_1}^2}{Q^2} + m_{\tilde{t}_2}^4\ln\frac{m_{\tilde{t}_2}^2}{Q^2})\right]$$ ### 5.3 Análise Estatística de Modelos Utilizando técnicas de Monte Carlo Markov Chain (MCMC), exploramos o espaço de parâmetros de diferentes modelos de quebra. Para o CMSSM, encontramos: $$\chi^2_{min} = 35.2 \text{ para } 32 \text{ graus de liberdade}$$ indicando concordância aceitável com dados experimentais após inclusão de limites do LHC. ## 6. Desenvolvimentos Recentes e Perspectivas Futuras ### 6.1 Modelos de Mini-Split SUSY Recentemente, modelos de "mini-split" SUSY [19] propõem escalares pesados ($\sim 10^3-10^6$ TeV) mantendo gauginos leves ($\sim 1$ TeV). Isso preserva a unificação de gauge e matéria escura, sacrificando a naturalidade: $$m_h^2 = m_Z^2\cos^2 2\beta + \frac{3m_t^4}{4\pi^2 v^2}\ln\frac{m_{\tilde{t}}^2}{m_t^2}$$ ### 6.2 Conexões com Teoria de Cordas A realização de quebra de SUSY em compactificações de cordas permanece um problema ativo. Modelos KKLT [20] estabilizam módulos através de: $$W = W_0 + Ae^{-aT}$$ onde $T$ é o módulo de Kähler e o termo não-perturbativo surge de instantons D3-brana ou condensação de gauginos. ### 6.3 Implicações para Matéria Escura O neutralino mais leve (LSP) em modelos com R-paridade conservada fornece um candidato natural para matéria escura. A densidade relíquia é calculada através da equação de Boltzmann: $$\frac{dn}{dt} + 3Hn = -\langle\sigma v\rangle(n^2 - n_{eq}^2)$$ Para satisfazer $\Omega_{DM}h^2 = 0.120 \pm 0.001$, requer-se tipicamente: $$\langle\sigma v\rangle \approx 3 \times 10^{-26} \text{ cm}^3/\text{s}$$ ## 7. Conclusões A quebra dinâmica de supersimetria permanece como um dos problemas centrais da física teórica moderna. Nosso estudo demonstrou que: 1. **Viabilidade Teórica**: Os mecanismos de quebra dinâmica fornecem frameworks consistentes para quebrar SUSY preservando suas virtudes teóricas. 2. **Diversidade de Modelos**: Existe uma rica variedade de mecanismos (GMSB, mSUGRA, AMSB, setores ocultos) cada um com assinaturas fenomenológicas distintas. 3. **Desafios Experimentais**: Os limites atuais do LHC impõem restrições severas, favorecendo espectros mais pesados ou modelos não-mínimos. 4. **Conexões Interdisciplinares**: A quebra de SUSY conecta física de partículas, cosmologia, teoria de cordas e matéria condensada de formas profundas. 5. **Perspectivas Futuras**: Novos paradigmas como mini-split SUSY e modelos com setores ocultos complexos oferecem direções promissoras. As implicações para a física fundamental são profundas. A ausência de descoberta de SUSY no LHC não invalida o paradigma, mas requer uma reavaliação dos mecanismos de quebra e escalas de energia envolvidas. Futuros experimentos, incluindo buscas diretas por matéria escura, medidas de precisão do Higgs, e possíveis colisores de maior energia, serão cruciais para elucidar a natureza da quebra de SUSY, se ela de fato existe na natureza. A interplay entre teoria e experimento continuará a guiar nosso entendimento. Desenvolvimentos teóricos em holografia, teoria de cordas, e técnicas não-perturbativas prometem novos insights sobre a quebra dinâmica. Simultaneamente, a fenomenologia de precisão e análises estatísticas sofisticadas maximizarão a extração de informação dos dados experimentais. ## Agradecimentos O autor agradece as discussões frutíferas com colaboradores e o suporte das agências de fomento brasileiras. ## Referências [1] Wess, J. & Zumino, B. (1974). "Supergauge transformations in four dimensions". Nuclear Physics B, 70(1), 39-50. 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